Prévia da inflação foi de 0,83% em junho, puxada por gasolina e energia elétrica

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, ficou em 0,83% em junho, acelerando em relação ao mês anterior ao registrar 0,39 % acima da taxa de maio (0,44%). Mais de um terço da taxa registrada em junho é derivada das altas na gasolina e na energia elétrica, que contribuíram cada uma com 0,17 %, os maiores impactos individuais.
No trimestre encerrado em junho (IPCA-E), o acumulado é de 1,88%, enquanto, em igual período de 2020, a variação havia sido de -0,58%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,13% e, em 12 meses, de 8,13%, acima dos 7,27% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2020, a taxa foi de 0,02%. Os dados foram divulgados hoje (25) pelo IBGE.
Em termos de grupos analisados, a maior variação foi em habitação (1,67%), que acelerou em relação ao mês anterior (0,79%) e contribuiu com 0,26 p.p. no resultado do mês. O aumento foi puxado pela energia elétrica devido à mudança na bandeira tarifária de vermelha patamar 1 (R$ 4,169) para vermelha patamar 2 (R$ 6,243). A mudança de bandeira deve-se à crise hídrica que tem exigido o acionamento das termoelétricas, de energia mais cara. Os valores extras das bandeiras tarifárias são cobrados a cada 100 kWh consumidos.
Mas o maior impacto (0,28%.) no mês de junho veio dos transportes (1,35%), que haviam sido o único grupo a apresentar queda em maio (-0,23%). O resultado do grupo dos transportes (1,35%) foi influenciado pela alta nos preços dos combustíveis (3,69%). Embora a gasolina (2,86%) tenha tido uma das menores altas do grupo dos transportes – comparada ao gás veicular (12,41%), ao etanol (9,12%) e ao óleo diesel (3,53%) - tem o maior peso e já acumula variação de 45,86% nos últimos 12 meses.