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"Preocupa a abertura do comércio nessa fase de crescimento dos casos", declara especialista em Saúde


Foto: Agência Brasília


Com a reabertura gradual do comércio no DF em meio a atual pandemia, muitos brasilienses tem se perguntado se o momento atual é o ideal para o início do retorno das atividades. Do ponto de vista do governo, há a intenção de equilibrar a balança entre a crise sanitária e o futuro cenário de crise econômica que esta por vir.


Voltar ou não voltar? Salvar as pessoas ou salvar economia? esse é o dilema do ano de 2020. Diante do cenário causado pela atual pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2), governos do mundo inteiro estão perdidos com relação a como não sofrer os impactos econômicos e o mesmo tempo que tentam salvar vidas.


No Brasil, várias unidades da federação adotaram o regime de distanciamento social, com paralisação da maioria das atividades, com exceção dos supermercados, farmácias, serviços de saúde e a construção civil.


No DF, as ações começaram no mês de março, com a suspensão das aulas, e logo em seguida, com o fechamento das academias, museus e parques. O fechamento dos shoppings, bares e restaurantes colocou o DF, à época, entre as unidades da federação com maiores restrições e vanguardistas no combate ao novo vírus.


Em 17 março, semana de início das mediadas de isolamento, a capital estava com 19 casos confirmador da doença, sem ainda registrar óbitos. No Brasil, 349 pessoas estavam infectadas. Pouco mais de 60 dias após o início das medidas de contenção do vírus, já são quase 500 mil infectados em todo país, com cerca de 25 mil mortos. Dos 19 casos isolados que Brasília possuía, o número saltou para mais de 8 mil casos e 134 mortes.


De acordo com o Ministério da Saúde, junho deverá ser o momento do pico da doença. O Pico coincide com a chegada do inverno brasileiro, o que preocupa ainda mais as autoridades médicas e os profissionais da área. De acordo com a médica Patricya Tavares,"nessa época as pessoas com problemas respiratórios prévios como asma tendem a ter mais crises". No inverno, salienta a especialista, é comum a circulação de "outros tipos de vírus respiratórios que podem também ser confundidos ou até se sobreporem a uma infecção de COVID 19".


Retorno às atividades em meio ao pico da Pandemia


Desde o dia 18 de maio, o Governo do Distrito Federal vem sinalizando que é a favor do retorno das atividades de maneira gradual. Segundo o GDF, existem estudos que subsidiam o retorno dos trabalhadores de maneira a não agravarem a crise de saúde pública causada pela Covid-19. Até o momento, lojas de calçados, sapatarias, lojas de móveis e Shopping Centers puderam ter o seu funcionamento normalizado.


A recomendação do governo, é que todos os trabalhadores do setores autorizados só retornem as atividades após a realização do teste para a doença, além de usar os Equipamentos de Proteção Individual, que deve ser fornecido pelos estabelecimentos. Outras regra de funcionamento também foram estabelecidas pelo GDF, e constam no Decreto 40.778/20, editado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB).


Segundo Patrycia, o retorno das atividades no atual momento é preocupante. "Nos preocupa a abertura do comércio nessa fase de crescimento do número de casos por Coronavírus o que pode sobrecarregar ainda mais o sistema de saúde", avaliou a especialista. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal foi procurada para falar sobre o percentual de leitos de UTI ocupados atualmente no sistema de saúde pública do DF, mas até o momento do fechamento desta matéria, não houve resposta.


Cenário de recessão econômica é questão de "quando", aponta IBGE


Por conta do fechamento do comércio por conta da pandemia do novo vírus, o cenário econômico aponta que o Brasil caminha para um cenário de grave recessão econômica. Só em abril, mais de 860 mil pessoas ficaram desempregadas em todo o país, apontou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).


Também afetado pela pandemia , o Produto Interno Brasileiro (PIB) apresentou contração de 1,5% na comparação do primeiro trimestre de 2020 contra o quarto trimestre de 2019, na série com ajuste sazonal, apontam os dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).


Entre as atividades industriais, a queda foi puxada pelas Indústrias Extrativas (-3,2%), mas também apresentaram taxas negativas a Construção (-2,4%), as Indústrias de Transformação (-1,4%) e a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-0,1%).


Nos Serviços, houve resultados negativos em Outros serviços (-4,6%), Transporte, armazenagem e correio (-2,4%), Informação e comunicação (-1,9%), Comércio (-0,8%), Administração, saúde e educação pública (-0,5%), Intermediação financeira e seguros (-0,1%). A única variação positiva veio das Atividades imobiliárias (0,4%).


Retorno precoce, consequências irreversíveis


Diante do cenário de incerteza, o retorno as atividades não responde o dilema atual, e seus resultados podem trazer consequências desastrosas, como ocorreu na cidade de Bergamo, na Itália, que reabriu o comércio precocemente e contabilizou mais de 2000 mortes. A cidade possuía apenas 120 mil habitantes. Cerca de 2% da população, oficialmente, foi vítima da Covid-19. Os valores equivalem a cerca de 60 mil pessoas na capital federal, logo que a população atual do DF é de cerca de 3 milhões de pessoas, aponta o IBGE.

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