Maio registra deflação de 0,38%, menor índice em 22 anos

Foto: IBGE
Pressionado pela queda de 4,56% nos preços dos combustíveis, o país registrou deflação de 0,38% em maio, após o recuo de 0,31% em abril. É o segundo mês consecutivo de queda nos preços e o menor índice desde agosto de 1998, quando ficou em -0,51%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, divulgado hoje (10) pelo IBGE.
No acumulado do ano, o índice registrou queda de 0,16%. Já nos últimos 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumula alta de 1,88%, abaixo da meta de inflação de 4% do governo para 2020, que tem tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O maior impacto negativo do índice nesse mês veio do grupo Transportes (-1,9%), puxado principalmente pela queda no preço dos combustíveis (-4,56%). “A gasolina é o principal subitem em termos de peso dentro do IPCA e, caindo 4,35%, acabou puxando o resultado dos transportes para baixo, assim como as passagens aéreas, que tiveram uma queda de 27,14% e foram a segunda maior contribuição negativa no IPCA de maio”, explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
A inflação acumulada até maio foi negativa em Brasília
Segundo o IBGE, a inflação de maio, em Brasília, foi de -0,28%. Esta variação mensal negativa é a quarta do ano e a menor para um mês de maio desde 2003, quando foi registrado -0,31%. Ficou acima do índice em nível nacional (-0,38%) e também do índice de abril (-0,58%) registrado em Brasília. Já a variação acumulada no ano (-0,86%) foi a menor registrada para um mês de maio desde o início da série histórica (1990). São dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados hoje, 10 de junho.
Seis grupos de produtos e serviços apresentaram variações mensais positivas no mês de maio. A maior contribuição positiva no índice do mês (0,09 ponto percentual) veio do grupo saúde e cuidados pessoais (0,66%), que acelerou em relação ao resultado do mês anterior (0,13%), com destaque para alta nos preços dos produtos farmacêuticos (2,32%), a exemplo de analgésico e antitérmico (2,09%).
No lado das quedas de preços, três grupos tiveram variações mensais negativas, sendo o grupo transportes (-1,94%) o de maior impacto (-0,41 ponto percentual) no índice de maio. Apesar da desaceleração na variação mensal em relação ao mês anterior (-3,39%), o grupo transportes acumula queda de 7,46% no ano. Destaque para queda nos preços das passagens aéreas (24,58%).
Já o recuo nos preços dos combustíveis (-2,28%) foi bem menor do que aquele registrado no mês anterior (-12,44%). Óleo diesel, etanol e gasolina tiveram quedas de 8,81%, 8,40% e 1,84%, respectivamente. Os outros dois grupos com variações negativas em maio foram alimentação e bebidas (-0,14%) e comunicação (-0,40%).