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Falta de lazer incomoda a comunidade


Moradores de Sobradinho têm reclamado da falta de opções de lazer e cultura na cidade. Apesar das ações realizadas pela Administração Regional, críticas feitas por parte de artistas, produtores culturais e pessoas que buscam se divertir apontam para a falta investimento cultural na região. Maioria das atividades é feita com verba de emendas parlamentares.

A cidade, com pouco mais de 85 mil habitantes, não possui muitos locais de lazer. Com exceção dos bares e restaurantes, são poucas as casas de shows e os eventos para a comunidade. O estudante Pedro Amorim, 17, se diz insatisfeito com a falta de opções de lazer na região. De acordo com o estudante, “existem poucos locais de entretenimento em Sobradinho. Temos apenas um Shopping, com um cinema caro e de qualidade mediana. Sempre que quero ver um filme, tenho que ir nos shoppings do Plano Piloto, pois o daqui de Sobradinho às vezes nem coloca o filme que eu quero em cartaz”, reclama o jovem.

O artista plástico e poeta Toninho de Souza, um dos ícones culturais da cidade, reclama da falta de incentivos para atividades culturais na região. “Sobradinho já foi conhecida como um rico polo cultural do DF, mas hoje vivemos lembrando o passado e lamentando o presente”, reclama o artista.

Atualmente, as ações de cultura em todo o DF são realizadas pelo Governo de Brasília (GDF) , por meio da Secretaria de Cultura. Esse fato dificulta o acesso da comunidade à elaboração de projetos locais, deixando as Administrações dependentes de Emendas Parlamentares. De acordo com a Administração Regional de Sobradinho “não existe programa de trabalho exclusivo para a cultura. O que existe, e quando existe, são demandas parlamentares para executar alguma atividade cultural específica”, afirma.

Na opinião da jornalista e produtora cultural Janaína Montalvão, 28, Sobradinho tem um grande potencial para cultura, mas, "infelizmente, a cidade não tem uma estrutura para abraçar toda essa produção e esses artistas. E isso vem tanto da parte do governo, quanto da própria população”, explica. A produtora, que atua na cena cultural local desde 2009, conta que a burocracia e a falta de incentivo do governo são fatores que consolidam esse cenário. “Até para se utilizar uma praça pública para fazer um movimento cultural nos deparamos com barreiras e dificuldades que não deveriam existir para uma coisa relativamente simples”, relata.

Um dos principais pontos que poderia contribuir para mudar a situação cultural de Sobradinho, afirma Janaína, seria a “maior abertura para que os artistas e movimentos culturais da cidade utilizassem de maneira mais regular os espaços que já existem – como por exemplo a Praça das Artes Teodoro Freire na quadra 8, e que já tem esse histórico de receber cultura e lazer".

A solução, segundo os moradores, está vinculada à mudança de mentalidade por parte do GDF, tendo em vista que a maioria dos eventos são realizados a partir de verbas da Secretaria de Cultura. Porém, os moradores afirmam que o GDF não repassa para a Administração esse dinheiro, impossibilitando a realização de mais atividades.

Apesar das críticas, a Administração Regional de Sobradinho vem tentando cumprir seu papel de apoio a iniciativas culturais da cidade. O projeto Arte na Praça e as comemorações de aniversários da cidade são bons exemplos. Realizado através de uma parceria entre a Administração e a Associação de Artistas de Sobradinho e Entorno (Artise), o projeto aconteceu entre os meses de agosto de 2017 e março de 2018, reunindo artistas da própria região. “As ações objetivaram oferecer oficinas de arte (roteiro, pintura em tecido, cinema, artes cênicas, fotografia, dança charme, DJ e artesanato), além de aproximar a comunidade com os artistas locais resgatando assim o título de cidade arte”, comenta Angelo Macarius, músico e representante da Associação.

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