Cesta Básica no DF somou aumento de quase 15% em 2018

Em 2018, o valor da cesta básica aumentou nas 18 capitais do país. De acordo com o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Brasília foi umas das cidades que registrou uma das maiores altas, somando um aumento de 14,76%, ficando atrás apenas de Campo Grande (MS), com 15,46%.
O Departamento realizou mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos durante o ano de 2018. Entre os meses de novembro e dezembro do ano passado, o valor da cesta subiu em 15 cidades, com destaque para Goiânia (5,65%), Salvador (4,13%) e Natal (2,77%).
No mês de dezembro, o maior custo do conjunto de bens alimentícios básicos foi apurado em São Paulo (R$ 471,44), seguido por Rio de Janeiro (R$ 466,75), Porto Alegre (R$ 464,72) e Florianópolis (R$ 457,82). Os menores valores médios foram observados em Recife (R$ 340,57), Natal (R$ 341,40) e Salvador (R$ 343,82).
Com base na cesta mais cara, que, em dezembro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em dezembro de 2018, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.960,57, ou 4,15 vezes o mínimo de R$ 954,00.
Cesta Básica no DF pode ficar ainda mais cara em 2019
A cesta básica pode ficar mais cara no Distrito Federal nos próximos meses. O aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em itens como arroz, feijão, farinha, óleo, café e carne foi aprovado pela Câmara Legislativa no ano passado e, agora, aguarda sanção de Ibaneis.
Uma emenda da equipe de transição alterou a Lei Orçamentária no fim do ano e, por isso, o texto aprovado pela Câmara Legislativa para 2019 não foi sancionado por Rodrigo Rollemberg (PSB) até o fim do mandato.
A emenda reduziu os impostos sobre herança, transferência de imóveis, IPVA e Simples nacional. Para compensar a queda na arrecadação, o novo governo se propôs a acabar coma alíquota reduzida de 7% do ICMS sobre itens da cesta básica. A tributação sobre esses produtos poderá chegar a 18%.